As conversas voltaram a acontecer, informais, sem nunca tocar no passado recente. Um incentivou o outro a fazer algo, o outro deu forças para que um momento que trouxe lembranças menos positivas fosse passado com mais serenidade e apoio.
A sensação de calma, bem estar, não pediram que cobrasse fosse o que fosse... apenas que aproveitasse cada minuto, cada palavra, cada mensagem. Quando pararam, porque eventualmente pararam, não disse nada. Estranha sensação esta que pertencemos a alguém sem sermos dessa pessoa... Sim, já sou grandinha o suficiente para saber que ninguém é de ninguém, mas algumas coisas mudaram em mim. Estranhamente mudaram.
Ao andar de metro esta semana olhei à volta, eram umas 18h e testei-me. Ia cheia a carruagem e claro com homens charmosos de fato, ainda cheirosos apesar da altura do dia... procurei um que eu dissesse é bonito. Quando dei conta estava a olhar para um, apenas porque tinha algo na cara parecido com ele... como não se levantou à entrada de uma senhora de idade... balbuciei: "não chegas nem perto".
Claro que ninguém chega perto, tenho um orgulho nele, em ti, que faz doer o peito. Alguém chegará alguma vez perto?! Duvido! Deixei voar parte dos meus sonhos... encontrei-os e não os posso viver mais!
Ou talvez tenha é espalhado esses sonhos ao vento à uns tempos... apesar das promessas de que seriam eternos... por uns momentos, os meus sonhos foram vividos!